Amor-próprio, o que é: texto de Davi Arbelo

Amor-próprio é amar a si mesmo, se respeitar e perceber seu valor individual. Amor-próprio é quando você não precisa de validação externa, você retroalimenta esse amor. Todo ser humano possui qualidades que podem ser apreciadas, e são essas qualidades que precisam ser exploradas e reconhecidas por você mesmo.

O amor-próprio é uma jornada de aprender a respeitar sua própria felicidade.  É a aceitação das próprias qualidades, imperfeições, vitórias, fracassos, escolhas e experiências de vida. Quem se ama compreende que é imperfeito e pode errar, além de estar disposto a melhorar sem interferência do orgulho.

Mas para aqueles de nós que passaram por traumas de infância, relacionamentos difíceis ou qualquer outra experiência dolorosa, aprender a amar a si mesmo pode não ser tão fácil quanto parece.

A boa notícia é que o amor-próprio é, na verdade, uma habilidade que você pode desenvolver, assim como a autoconfiança.

Nesse artigo, vou compartilhar o que significa amar a si mesmo, e como construir o amor-próprio e se é que você realmente precisa.

Leia também: O que é o Amor verdadeiro com base em David Hawkins e Davi Arbelo

Amor-próprio – conceito e significado?

Amor-próprio significa que as pessoas têm por si mesmas, respeito, apreço, dignidade e confiança em suas potencialidades.

Muitas vezes as pessoas, por causa de traumas de infância, de crises mais recentes, não conseguem defender seus interesses para satisfazer suas necessidades. É um grande tema da psicologia e da psicanálise, já que faz parte do cotidiano dos profissionais destas áreas.

Para ter amor-próprio, não significa que as pessoas devam ter sempre seus desejos satisfeitos, ser egoísta ou pisar nos outros. O amor a si faz com que as pessoas ajam positivamente, procurem evitar pensar no passado, quando há tristezas ou mágoas, que procurem sempre lembrar que foi mais uma experiência para poder evoluir, procurando tirar proveito daqueles acontecimentos.

Quem se ama de verdade, procura possuir controle emocional, procura compreender as outras pessoas, estar sempre, ou a maior parte do tempo, de bem com a vida e esquecer a opinião alheia, não guarda raiva dos outros, evitar guardar rancor, está sempre disposto a perdoar e ter coragem para superar adversidades, confiança e segurança para recomeçar e recomeçar.

Qual é a diferença entre autoestima e amor-próprio?

Autoestima é um conjunto de sentimentos e pensamentos do indivíduo sobre seu próprio valor, competência e adequação, que se reflete em uma atitude positiva ou negativa com relação a si mesmo, enquanto que o amor próprio é o amor por si mesmo.

A autoestima e o amor-próprio são progressivos. Este último é mais do que uma abstração. Determina nossa felicidade.

Portanto, se desejamos amor duradouro, devemos aprender a amar a nós mesmos, porque nossos relacionamentos refletem nosso relacionamento conosco.

Se eu não tenho amor-próprio, me torno inseguro e projeto no outro a minha insegurança. Assim, surge a crença de que o outro me percebe como eu percebo a mim mesmo e acaba culpando o outro. 

O que fazer para ter mais amor-próprio?

Quando você pratica o amor-próprio, você se torna menos reativo emocionalmente. Muitas práticas de autocuidado ensinam como se acalmar em vez de reagir imediatamente a um estressor perturbador. “Você pode parar e pensar sobre o que está acontecendo e como vai responder, em vez de apenas reagir”. 

Às pessoas que praticam o amor-próprio também mostram maior resiliência quando as coisas não acontecem como querem. “Quando você se sente péssimo ou com raiva, praticar o cuidado com sigo diariamente o ajudará a responder de uma maneira diferente e a se recuperar mais rápido”. Quando você deixa de ser seu próprio algoz, o mundo fará o mesmo, pois eles são apenas um espelho.

Para ajudar você, vou deixar algumas sugestões de ações que você pode tomar para ter mais amor-próprio:

1 – Diminua o tempo nas redes sociais

Um componente central do amor-próprio é evitar o autojulgamento e comparar-se com os outros – uma armadilha fácil de cair se você estiver constantemente navegando nas redes sociais. A pesquisa descobriu que muitas pessoas fazem comparações sociais com base no que veem nas redes sociais e que existe uma forte relação entre o uso das redes sociais e a autoestima.

Limitar o tempo nas redes sociais pode aliviar sentimentos de solidão, ansiedade, depressão e medo de perder. Um estudo de 2018 em particular sugere limitar o uso das redes sociais a menos de 30 minutos por dia para melhorar o seu bem-estar.

2 – Reconheça suas qualidades e elogie se 

Uma maneira pequena, mas eficaz de se sentir bem e, em última análise, aumentar a autoconfiança é elogiar-se. “Ao elogiarmo-nos regularmente, começamos a mudar a relação que temos connosco próprios, bem como a nossa mentalidade”, explica o Dr. “Estamos essencialmente nos treinando para focar nos aspectos positivos, que criam sentimentos mais positivos.”

Mesmo que você sinta que não há nada para se elogiar, algo pequeno – como manter seus hábitos de amor próprio – vale a pena elogiar. “Precisamos abandonar a noção de que temos que ser perfeitos. Praticar o amor próprio é aprender a estender a compaixão e a bondade a nós mesmos”, diz o Dr.

3 – Fale consigo mesmo como faria com uma pessoa amada é preciso para você 

A conversa interna negativa é algo em que todos nós nos envolvemos. No entanto, se você se culpa constantemente por suas deficiências, o Dr. Jarquin diz que isso pode fazer você se sentir desamparado, inútil e menos motivado para se expor. Ninguém é perfeito. Tente imaginar seu amigo cometendo o mesmo erro ou fracasso e pense no que você diria a ele.

“Uma grande parte do amor-próprio é encontrar aquela vozinha dentro de nossa cabeça. E ao perceber como falamos com nós mesmos, podemos mostrar compaixão quando uma interação ou tarefa não sai como planejado”, diz o Dr. Jarquin.

Assar também aconselha verificar o que você diz ou pensa internamente ao longo do dia. Envolver-se em um diálogo interno positivo ajuda você a avançar em direção à aceitação – e, eventualmente, a amar a si mesmo.

Comemore as grandes e pequenas vitórias

Dr. Jarquin aconselha as pessoas a comemorar as vitórias, não importa quão pequenas sejam. As pessoas podem estabelecer expectativas duras para si mesmas ou ficarem presas ao que a sociedade exige de nós, explica o Dr. Jarquin, acrescentando que “trabalhamos muito para cumprir esses padrões e nos punimos quando não o fazemos”.

Ter sonhos elevados não é ruim, mas o Dr. Jarquin aconselha estabelecer expectativas realistas alinhadas com nossas necessidades, desejos e valores. É mais provável que concluamos essas tarefas, nos sintamos mais realizados e motivados para concluir a próxima tarefa – o que contribui para sentimentos de amor próprio. As pequenas realizações se somam e criam impulso para alcançar o objetivo final.

Conclusão 

Como você pode ver neste artigo, o amor-próprio  não precisa de validação externa, você precisa aprender a retroalimentar esse amor. Todo ser humano possui qualidades que podem ser apreciadas, e são essas qualidades que precisam ser exploradas e reconhecidas por você mesmo.

Eu não conheço você, e talvez você teve alguém que olhasse em seus olhos e dissesse: você é uma pessoa maravilhosa, e valorosa e possui excelentes qualidades. Está na hora de você reconhecer sua natureza, só assim os outros vão conseguir dar testemunho daquilo que você é. 

O amor-próprio é uma jornada de aprender a respeitar sua própria felicidade.  É a aceitação das próprias qualidades, imperfeições, vitórias, fracassos, escolhas e experiências de vida. Chega de experimentar a limitação autoimposta, hoje você vai abandonar as velhas crenças e iniciar sua jornada de volta à luz.

Eu vou te amar muito como outro parecendo, mas sei como somos. Esse é o mistério da natureza divina. E mesmo que você não acredite em nada do que eu disse, pelo menos acredite que você pode mudar e amar todas suas qualidades, pois você possui muitas, apenas não aprendeu a reconhecê-las.

Vou ficando por aqui, aqui abaixo, você vai encontrar outros títulos relacionados, até breve!